terça-feira, 19 de maio de 2009

Nossa terra tem sabores

Massa de Mandioca

Mastruz com Leite




Maria tá peneirando
Goma e massa de mandioca
Maria tá peneirando
Maria tá peneirando
Goma e massa de mandioca
Quem se casar com Maria
Só vai comer tapioca
Tá, tá, tapioca
Tá, tá, tapioca
Tá, tá, tapioca
Tá, tá, tapioca
Rala, rala mandioca
Tu de lá e eu de cá
Pra fazer beju de massa
Pra gente se alimentar
Maria traz a peneira
Mexe pra lá e pra cá
O peneirado é gostoso
Tô doido pra peneirae
"Penera, panera" de lá
"Penera, panera" de cá
"Penera, panera" de lá
"Penera, panera" de cá
O peneirado é gostoso
Tô doido pra peneirar

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Provérbios populares

  • Quem vai ao mar perde o lugar। E quem vai ao vento perde o assento.
  • Passarinho que anda com morcego acaba dormindo de ponta cabeça।
  • Papagaio come milho, periquito leva a fama!
  • Quando a esmola é grande, o santo desconfia।
  • Quando um não quer, dois não brigam।
  • Pimenta nos olhos dos outros é colirío।
  • Quando a barriga tá cheia, toda goiaba tem bicho!
  • Cada um sabe onde lhe aperta o sapato।
  • Quem sabe sabe। Quem não sabe aprende!
  • Pé de pobre não tem tamanho !
  • Quanto mais rezo, mais assombração me aparece!
  • por fora bela viola, por dentro pombo lorento!
  • Dar nó em trilho!
  • Dar nó em pingo d'gua!
  • Quem diz o que quer, houve o que não quer!
  • em boca fechada não entra mosquito!
  • Quem tem rabo de palha não passa perto de fogo!
  • Passarinho que come pedra, sabe o rabo que tem!
  • Quem ver cara não ver coração!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Parlendas

São formas literárias tradicionais com rimas e ritmos que agradam. A comunidade que diz parlendas , considera aspectos relevantes para a sua construção: o espaço onde vive, a ideologia dos indivíduos, a intenção lúdica, a dinamicidade das palavras, a incerteza das palavras contidas no meio.
Segundo o livro jogar uma parlendas é tentar questionar o possível real por meio das expressões linguisticas.
Estudiosos acreditam que são fundamentais para o processo ensino-aprendizagem das crianças. Nelas encontraremos traços da cultura de um determinado povo e região, possibilitam a construção de jogos pedagógicos lúdicos, que tem por objetivo a formação leitores.

Parlendas da Região Norte do Brasil:


O tempo perguntou pro tempo
Quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu pro tempo
Que o tempo tem mais tempo
Que o tempo que o tempo tem.



"Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, bolo inglês.
Sete, oito, comer biscoito.
Nove, dez, comer pastéis" .



"Batatinha quando nasce
se esparrama pelo chão.
Menininha quando dorme
põe a mão no coração".



"O cravo brigou com a rosa
debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
e a rosa despetalada".



"Chuva e sol,
casamento de espanhol.
Sol e chuva,
casamento de viúva".



Bão, babalão, Senhor Capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.
Em terra de mouro
Morreu seu irmão,
Cozido e assado
No seu caldeirão.



Bão-balalão!
Senhor capitão!
Em terras de mouro
Morreu meu irmão,
Cozido e assado
Em um caldeirão;



Eu vi uma velha
Com um prato na mão,
Eu dei-lhe uma tapa
Ela, papo... no chão!



Cadê o toicinho daqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu.
Cadê o boi?
Foi amassar trigo.
Cadê o trigo?
A galinha espalhou.
Cadê a galinha?
Foi botar ovo.
Cadê o ovo?
O padre bebeu.
Cadê o padre?
Foi rezar a missa.
Cadê a missa?
Já se acabou!

Novo sabonete gessi
Picolé de abacaxi
A galinha fez xixi
Na careca do Didi
O Didi levou o vovô!

Para ser avô
Une dune Tê
Salaremiguê
Um sorvete colorê
Escolhido por você!

Fonte: Livro " Pelas ruas da oralidade" - Lenice Gomes e Hugo Monteiro Ferreira - editora Paulinas

domingo, 10 de maio de 2009

Trava língua

Trata-se de uma modalidade de Parlenda। É uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo. No interior, aí pela noitinha, naquela hora conhecida como “boca da noite”, as mulheres costumam brincar com seus filhos ensinando-lhes parlendas, brinquedos e trava-línguas. Uma das mais comuns é a elas ensinam aos filhos apontando-lhes os dedinhos da mão – Minguinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo e mata piolho. Cascudo (Literatura Oral no Brasil , 1984 ) incluiu o trava - língua nos contos acumulativos , seguindo a classificação de Antti Aarne / Stith Thompson , com o que não concorda Almeida ( Manual de coleta folclórica , 1965 ) , dizendo que os trava-línguas muitas vezes não são estórias , mas jogos de palavras difíceis de serem pronunciadas. São antes brincadeiras . Todos os trava-línguas são propostos por fórmulas tradicionais, como : ''fale bem depressa ''; ''repita três vezes '' ; ''diga correndo '', e similares. O importante no trava-língua é que ele deve ser repetido de cor , várias vezes seguidas e tão depressa quanto possível . Lido, e devagar, perde a graça e a finalidade Trava-línguas: O peito do pé do pai do padre Pedro é preto. A babá boba bebeu o leite do bebê . O dedo do Dudu é duroA rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada. Quem a paca cara compra , cara a paca pagará O Papa papa o papo do pato .

Hoje é domingo
Pé de cachimbo

O cachimbo é de ouro
Que bate no touro

O touro de lata
Que dar na barata

A barata é de linha
Que dar na galinha

A galinha é valente
Que pega o tenente

O tenente é chorão
Que chora no chão.

O tempo perguntou pro tempo
Quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu pro tempo
Que o tempo tem mais tempo
Que o tempo que o tempo tem.

Currupaco papaco
A mulher do macaco
Ela pita, ela fuma
Ela toma tabaco
debaixo do sovaco